A Receita Federal pode prorrogar o prazo para a adesão das micro e pequenas empresas no e-Social. Segundo Ana Paula Locoselli, assessora jurídica da Fecomércio/SP que teve contado com representantes da Receita Federal diz que “Eles já estão trabalhando com essa hipótese de prorrogação”. “Isso porque já estamos na metade de maio e ainda não foi disponibilizado o programa do e-Social para as empresas menores”. Caso nada for mudado, as MPEs terão que aderir ao sistema até julho.
Segundo ela é complicado de mais a versão do e-Social que foi estabelecido para as empresas de grande porte que já aderiram ao programa no começo do ano. Se o mesmo for obrigatório para as empresas menores é bem provável que essa adesão seja problemática. A informação dita por ela é de que até as grandes empresas estão enfrentando dificuldade de adesão ao e-Social. Um dos maiores problemas esta sendo o cadastro dos dados trabalhistas dos funcionários.
Outro ponto que preocupa os especialistas é o excesso de demanda sobre consultores de tecnologia, bastante requisitados para fazer a implementação do sistema. “De que hoje essas firmas de consultoria não têm equipe técnica suficiente para dar suporte e fazer as implementações necessárias em um mês e meio” diz Márcio Massao Shimomoto, presidente do Sindicato das Empresas de Contabilidade.
Ele também chama atenção para o prazo diferenciado estabelecido para a adesão de empresas públicas, diz ele que o governo já deveria aderido ao programa, e não deixar pra o começo de 2019. Quando o governo diz que precisa de mais tempo para aderir ao programa deveria ele lembrar que as empresas do setor privado já esta passando pela mesma dificuldade.
Por esse motivo, a Fecomercio/SP informou na segunda dia 14 que solicitou ao governo federal a prorrogação do prazo para que microempresas, micro empreendedores individuais, e empresas de pequeno porte apresentem os dados de seus empregados no e-Social.
O e-Social é uma plataforma eletrônica onde os empresários registram os dados trabalhistas, tributários, fiscais e previdenciários dos funcionários. Para especialistas, o programa é bom, pois traz mais transparência e segurança aos trabalhadores, mas sua implementação esta sendo problemática.